História da Moda: 100 anos (1911-1920)

16/10/2013 20:59

Continuando as postagens sobre os 100 anos da História da Moda, do livro “Um Século de Moda” do professor e historiador de moda João Braga.

1911

Primeiro perfume da moda

Paul Poiret foi o primeiro costureiro a associar o setor da moda ao perfumista, ao lançar em 1911 o perfume chamado Rosine, nome de sua filha. De acordo com o livro “100 anos de moda”, Poiret criou uma casa só de perfumes e cosméticos. Sua maison de costura foi a primeira a ter produtos de beleza, como cremes, batons, esmaltes e maquiagem. Na foto, criações que datam da década de 1920.

Foto: Getty Images

 

1912

Mappin

A loja inglesa Mappin & Webb abriu sua primeira unidade no Brasil em 1911, no Rio de Janeiro, e em São Paulo, cidade onde teve mais afinidade, em 1912. No ano seguinte, em São Paulo, foi transformada em Mappin Stores, mudando sua característica de vender apenas produtos finos e pratarias e passando a ter o estilo de loja de departamentos. Na foto, detalhe da oficina dos ingleses em 1909.

Foto: Getty Images

 

1913

Roupas futuristas e Prada

Os ecos do movimento futurista fundamentado em Milão em 1909 pelo poeta Filippo Tommaso Marinetti (foto) chegaram a 1913 com o artista Giacomo Balla transpondo isso para a moda. Neste ano, ele lançou em Paris o Manifesto Futurista da Roupa Masculina, que propunha cortes assimétricos, estampas, aplicações e cores para os homens. No mesmo ano, o artesão milanês Mario Prada abriu sua loja na Galeria Vittorio Emanuelle II, em Milão. A grife, hoje uma das mais cobiçadas do mundo, ainda tem sua loja no local.

Foto: Getty Images

 

1914

Sutiã

Apesar de registros históricos e antigos sobre seu uso do sutiã, foi nesse ano que a primeira patente do sutiã foi dada (foto). Quem pediu foi a americana Mary Phelps Jacob, conhecida como Caresse Crosby, para o modelo chamado Backless Bra (sutiã sem costas). No mesmo ano, a companhia de roupa de baixo Warner Bros. comprou a patente.

Foto: Getty Images

 

1915

Bainhas sobem

Com a Primeira Guerra, iniciada no ano anterior, a roupa feminina começou a mudar, adaptando-se à realidade do trabalho feminino e tornando-se mais prático e funcional. As bainhas das saias subiram até a canela, principalmente nos uniformes das enfermeiras, que no entanto usavam meias.

Foto: Getty Images

 

1916

Tailleur de jérsei

Em plena Guerra, Chanel propôs tailleur de jérsei, tecido mais leve, inspirado na roupa masculina. O modelo de duas peças já era usado pelas mulheres desde o final do século 19, e não foi Chanel que o inventou. Ela foi a divulgadora do uso das duas peças.

Foto: Getty Images

 

1917

Keds

A empresa norte-americana Rubber lançou neste ano um tênis com nome que unia a letra K, de kid (criança em latim), e o final da palavra ped, (pé em latim): Keds. Mas os calçados de sapatos de borracha e amarrados nos pés existiam desde 1860. Na foto, coleção da marca de 2005.

Foto: Getty Images

 

1918

Doucet

Jacques Doucet herdou em 1898 confecção e comércio de roupas, fundada em 1811, na época de Napoleão Bonaparte, em 1811. Começou como roupas íntimas e depois passou a confeccionar vestidos. Doucet fundou sua própria casa de costura e vestiu muitas atrizes como Sarah Bernhardt (foto). Gostava de artes em geral, chegou a ser dono do quadro Mademoiselles d’Avignon e formou um grande acervo, inclusive de livros. Em 1918, doou seus livros para Universidade de Paris.

Foto: Getty Images

 

1919

All Star

A marca de sapatos Converse lançou em 1919 um tênis de lona com solado de borracha e cadarço. Foi batizado de All Star e ganhou uma estrela de cinco pontas como símbolo. Além de usado em práticas esportivas, até hoje os tênis são referências de descontração e moda jovem.

Foto: Getty Images

 

1920

Ray-Ban

Os famosos óculos tipo aviador foram criados nesse ano a pedido do tenente Mac Cready, que cruzou o Atlântico num balão sem proteção para os olhos. O pedido foi feito à empresa Bausch & Lomb. A armação de metal, leve e arredondada, e as lentes verdes foram mais do que bem-recebidas. Usados por oficiais da aeronáutica, foram rebatizados de Ray Ban (banidor de raios) e registrados em 1937.

Foto: Ray-Ban /Divulgação